O processo de revestimento em pó para MDF (Medium Density Fiberboard) é essencialmente similar ao revestimento em pó para metais e polímeros. As placas de substrato são levadas em um transportador contínuo que submete as placas aos respectivos processos. Em oposição ao revestimento em pó tradicional é necessária a utilização de um pré-aquecimento do substrato para que as peças de MDF tenham uma temperatura de superfície uniforme.
Uma vez que o MDF é um isolante eléctrico, as condições de aplicação são mais elevadas do que para materiais metálicos. A condutividade do substrato, em MDF, é controlada por aditivos que potencializam esta propriedade no material, já em sua fabricação, e também pelo controle detalhado da umidade das placas a serem processadas. A espessura da camada de tinta neste tipo de processo pode tornar-se uma questão problemática para a qualidade da pintura, uma vez que diferenças de massas e espessuras de chapa podem resultar em espessuras e texturas diferentes numa mesma peça.
Para o revestimento em pó de substratos de madeira como o MDF são utilizados tipicamente revestimentos em pó de baixa temperatura, tipicamente variando entre 110ºC à 150ºC. A temperatura de transição vítrea é alcançada em estufas com tecnologia de radiação infravermelha, podendo-se utilizar para este processo, energia elétrica ou gás. Fator preponderante para uma camada uniforme do revestimento, a homogeneidade da temperatura na superfície e nas bordas da peça, configura-se no ponto chave para a excelência do processo de pintura do MDF. Após a homogeneização da camada de tinta inicia-se o processo de cura do pó. Vários processos podem ser aplicados para a correta polimerização da tinta em pó, o mais comum é a utilização de estufas térmicas com aquecimento por painéis catalíticos a gás, que conferem ao processo extrema facilidade de controle da temperatura em zonas e o baixo custo operacional do aquecimento. Outro processo comum é a utilização de lâmpadas UV. onde temos duas zonas bem distintas, gelificação por IR e cura por UV, porém a tinta utilizada deve estar adequada a este processo.
Desafios do Processo:
-Material do MDF e suas características para utilização neste processo;
-Poucas instalações no mercado tem bons resultados em função da pouca experiência de quem aplica;
-Processo pouco eficiente em peças complexas;
-Manipulação de tintas de baixa cura em nosso clima tropical;